A Inteligência Artificial como Força Produtiva: Pela Apropriação Social contra a Barbárie Capitalista
A Inteligência Artificial como Força Produtiva: Pela Apropriação Social contra a Barbárie Capitalista
1. Introdução A Inteligência Artificial (IA) emerge no século XXI como uma força produtiva de potencial revolucionário, comparável à introdução da maquinaria na grande indústria. Contudo, as forças produtivas não se desenvolvem num vácuo social; elas estão inextricavelmente ligadas às relações de produção vigentes. No modo de produção capitalista, a tecnologia não é, e nunca foi, uma ferramenta neutra para o progresso humano. Em vez disso, é uma arma nas mãos da classe dominante. A IA, sob o controle do capital, não escapa a essa lei fundamental: seu propósito primordial não é emancipar a humanidade, mas intensificar a acumulação de capital, mesmo que isso signifique aprofundar a barbárie social (Tomašev et al., 2020; Floridi et al., 2020). Este texto recusa-se a participar do coro liberal que busca "humanizar" ou "regular" a IA através de comitês de "ética" ou modelos de "governança". Tais propostas são uma cortina de fumaça ideológica que obs...
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