Numa era de comunicação global instantânea, de avanços tecnológicos no transporte de cargas e passageiros, de conexão mundial em redes e rotas comerciais, ainda padecemos de problemas dos mais remotos tempos, como a miséria e as guerras.
Sob o pretexto de liberdade econômica, condenamos populações inteiras a condições inadmissíveis de vida. Migrantes movidos pelo desespero ou pelo medo cruzam continentes em busca de um sonho que nunca se concretizará. Enquanto isso, mentes inferiores espalham o preconceito e instigam a violência.
Infelizmente, essa mesma tecnologia que diminuiu as distâncias e uniu todos os continentes também ameaça dar ares finais aos movimentos bélicos, deixando sempre no horizonte o temor de nossa autodestruição atômica.
Olhando para o planeta, vemos todos os males causados pela falta da política estrutural. Ao deixarmos o mundo entregue às articulações nacionais e aos interesses do mercado, sufocamos ante questões criadas pela ganância, pela ambição e pelo ódio.
Não conseguimos consolidar mecanismos de atendimento às necessidades básicas da humanidade: alimentação, moradia, saúde, educação e transporte. Regiões inteiras ainda sofrem males desnecessários, que poderiam ser superados com um mínimo de organização e boa vontade.
Sob o pretexto de liberdade econômica, condenamos populações inteiras a condições inadmissíveis de vida. Migrantes movidos pelo desespero ou pelo medo cruzam continentes em busca de um sonho que nunca se concretizará. Enquanto isso, mentes inferiores espalham o preconceito e instigam a violência.
As condições ambientais de nossa Terra degradam-se explicitamente, mas o negacionismo tenta silenciar os críticos. Em pouco tempo atingiremos um patamar irreversível de destruição, com consequências imprevisíveis para o futuro da vida.
Nada parece o bastante para evidenciar que as grandes empresas e os líderes nacionais são coniventes com a situação criada. Ainda que por vezes os Estados nacionais possam ser alvejados pelos movimentos de protesto, raramente as grandes empresas o são. Bigtechs, empresas petrolíferas, instituições financeiras deveriam ser cerceadas por um governo superior que buscasse a construção de um planeta melhor.
A tecnologia que pode nos destruir também pode nos salvar. Algoritmos precisam ser socializados e programados para encontrar os melhores caminhos para solucionar problemas da humanidade. Os Estados nacionais precisam ser articulados numa rede global de respeito, tolerância e busca da efetivação dos direitos sociais. Precisamos dar o passo no sentido certo. Não podemos prosseguir cambaleando e andando a esmo, conduzidos pela concorrência econômica.
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