Por se tratar de uma eleição que transcorre em sociedade dividida, como acontece em várias partes do globo, é preciso ponderar que, muitas vezes, a melhor estratégia pode não ser a mais óbvia.
Nitidamente, a bolha progressista (esquerda, centro esquerda, direita liberal) buscou a estratégia mais óbvia: unir-se em torno de um candidato para a vitória já no primeiro turno.
Melhor estratégia, todavia, usou a bolha tradicionalista (direita autoritária, centro neoliberal, cristãos conservadores): priorizou causar a divisão na outra bolha, elegendo alvos certeiros.
Tendo-se em vista a competência esmagadoramente maior da bolha tradicionalista em utilizar recursos digitais, sua estratégia impediu o sucesso progressista.
Os alvos certeiros começaram a se manifestar, de dentro da bolha progressista, contrariamente à unificação pela vitória no primeiro turno.
Por outro lado, toda a campanha voltada para si da bolha progressista gerou uma reação unificadora na outra bolha, a tradicionalista.
Ou a bolha progressista prioriza gerar divisões na bolha tradicionalista ou perderá as eleições presidenciais.
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